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Muito Além do Arroz

Na última semana o arroz esteve em alta, no preço e na mídia. Mas além do impacto no bolso e na troca do arroz pelo macarrão, o que mais isso significa para a sua vida.


Sempre que um item da cesta básica se destaca na alta de preços, gera uma grande repercussão, pois pesa bastante no orçamento familiar. Essa não é a primeira vez que isso acontece, nem será a última. Lembrando que não foi só o arroz que subiu, outros itens como feijão, milho e soja também subiram e contribuíram para a alta da inflação no período.


Altas de produtos de forma pontual, principalmente quando são produtos alimentícios é muito comum, já tivemos vários acontecimentos como este, lembra da alta do tomate em 2013 e da carne em 2019?


A verdade é que essas altas têm um impacto considerável na cesta básica da população, por isso que chamam tanto a atenção quando acontecem. Mas a tendência é que o mercado encontre seu ponto de equilíbrio, com a redução da demanda (ou seja, do consumo deste item) o preço vá reduzindo e encontre um novo ponto de equilíbrio, deixando o preço estável.


Nesse período de alta faça os ajustes necessários, introduzindo substitutos, reorganizando o orçamento para que não haja impacto real nas suas despesas mensais.


Mas isso não se trata apenas da alta do arroz e de outros itens de consumo, o que você realmente precisa saber em relação a isso é o que essa alta representa. Ela mostra a alta no IPCA que é o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, vulgo inflação de uma forma mais visível.


A inflação existe, sempre existiu e vai continuar existindo, alguns itens puxam a inflação para cima ou para baixo, no caso do arroz ele puxou a inflação para cima, mas te garanto que o impacto real não foi tanto assim, pois o arroz tem um preço baixo em relação a outros itens da conta, o feijão apresentou uma alta acumulada, em 2020, bem maior que o arroz, mas ninguém fez tanto alarde, porque o preço foi subindo aos poucos e arroz teve uma alta maior num período menor, por isso virou assunto.


Antes que você pergunte: Não. Não iremos retornar à década de 80 com altas de preços diárias, isso não faz parte da nossa realidade, não precisa estocar, nem precisa excluir o item da sua vida, analise a sua situação, evite o desperdício, busque algum substituto e sempre pesquise preços.


Agora, você pode ser beneficiado com a alta do IPCA, você pode investir seu dinheiro em investimentos que tenham esse índice como indexador, mas lembre-se que da mesma forma que ele subiu esse mês, próximo mês ele pode reduzir, não sabemos, mas vale a pena observar e pensar nessa opção.


Investir utilizando o IPCA como indexador garante o seu poder de compra, ou seja, mantém o valor do seu dinheiro, pois o que ele compra hoje, irá comprar no futuro, uma vez que sua rentabilidade acompanha a inflação. Mas fique atento que os investimentos que são indexados ao IPCA não rendem apenas o IPCA (se for só ele, não vale a pena), certifique-se que a rentabilidade fixa oferecida deve ser superior à Selic, assim você garante uma melhor rentabilidade para o seu dinheiro no longo prazo.

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